Cultura

Ferdinando

O touro que gostava de flores

Ao longo dos anos temos feito várias sessões de cinema. À medida que o tempo foi passando e porque os mais jovens crescem e o cinema de animação sobretudo dobrado passa a ser outra opção, fomos "perdendo" alguns desses sócios que voltam quase sempre na Guerra das Estrelas. Estes dois últimos anos não foram exceção.

Mas tão certo quanto "perdemos" alguns ganhámos outros, alguns dos quais com estreia absoluta, podemos dizer com orgulho, nas nossas sessões. Ficámos assim com um grupo que se pode considerar uma família de sócios que, com uma falta ou outra, se mantêm fiéis.

Quis o calendário das estreias, que este ano andou muito baralhado, com avanços e recuos de datas, que a 23 de dezembro víssemos, em família, Ferdinando, o touro que não queria lutar.

Tal como se escreveu na ficha da inscrição, polémicas à parte, pedimos, Ferdinando tem o destino traçado. Uma praça de touros. Só que este simpático, touro certo, não está "praí" virado. Prefere aproveitar o sol dos dias quentes de verão, cheirar as flores e conviver com os outros animais da ganadaria onde vive. Até que um dia algo acontece, que leva a que as pessoas concluam que ele até pode transformar-se num animal famoso, ganhando ou perdendo a sua liberdade.

Da Blue Sky Studios, é um filme muito bem concebido, com momentos de humor absolutamente hilariantes para todos e uma forma de apresentar a tourada tão inteligente que ninguém sequer se atreve a apontar um dedo. Porquê? Só vendo e atrevo-me mesmo a dizer revendo, quem sabe, Ferdinando. Com uma mensagem. A família, mesmo quando parece perdida, os amigos e até os que parecem ser inimigos, são uma ajuda preciosa em caso de apuro.

No dia em que este texto for para o ar, a Noite de Natal já passou, mas a mensagem deve manter-se e aplicar-se por muitos anos. Ainda assim, Feliz Natal. E não se preocupem. Aqui ficam as fotos.

Publicado em 03/01/2018