Cultura

Clube Millennium bcp visita o Palácio Nacional de Mafra

Mandado construir pelo Rei Dom João V, no século XVIII, é o expoente da grandiosidade do reinado

Obra a que podemos chamar faraónica, no sentido da dimensão do reino, à época, o Convento de Mafra é o símbolo da grandeza, e do fausto, do Rei Dom João V. Pois foi também deste Rei a obra do Aqueduto, e a tão célebre embaixada enviada ao Papa Clemente XI, bem como a excecional obra de arte que é a Capela de São João Baptista, em São Roque.

Às três dezenas de Sócios, que participaram na visita de 3 de março, começou a nossa guia por fazer uma resenha histórica, do contexto da altura, que levou Dom João V a decidir-se pela construção daquele monumento.

Subidos os primeiros lanços de escada passámos pelos espaços que outrora foram ocupados pelos frades. Neste vasto labirinto de salas aquela que mais nos prendeu a atenção foi a enfermaria. Numa época anterior à descoberta do Sr. Alexander Fleming, quase não havia outra forma de combater as infeções para além das sangrias e das orações. E era numa sala, gelada no inverno, que os enfermos repousavam numa enxerga sobre um estrado de tábuas aguardando que a Divina Providência ousasse curá-los.

No piso acima vivia, quando ia a Mafra, o Rei na ala norte, e a Rainha na ala sul. Naturalmente que a decoração das salas, e dos aposentos, divergiam profundamente das dos frades pois os Reis não haviam feito voto de pobreza.

Foi-nos descrita em pormenor a Sala do Trono, cuja pintura foi restaurada há relativamente pouco tempo, graças ao apoio da Fundação Millennium bcp. Mercê deste apoio financeiro, a Direção do Palácio ofereceu-nos, esta visita, gratuitamente, o que, reconhecidamente, agradecemos.

A Biblioteca por si só merece uma visita, o que já fizemos há algum tempo. Porém, desta vez, a visita era de âmbito geral e, neste contexto, apenas a espreitámos à porta da entrada. Mas foi o suficiente para aqueles que nunca ali tinham estado, verem da grandiosidade daquela que é considerada uma das mais famosas bibliotecas do mundo.

Quando saímos do Palácio, o céu era de chumbo, adivinhando-se muita chuva. Os mais corajosos ainda entraram na Basílica, mas a maioria dos Sócios "correu" para as viaturas antes que o "dilúvio" chegasse. Pena só podermos levar no máximo 30 Associados, e não os 146 que se inscreveram. Ao longo do ano tentaremos organizar ali mais alguma visita.

E como as imagens valem mais do que palavras, podem ver mais fotos aqui.

Publicado em 05/03/2018