Cultura

Aladdin (2019)

De facto "A Whole New World"

Mais um remake da Disney. "Podia mas não era a mesma coisa" diz a publicidade. O que se quer dizer com isto?

Guy Ritchie, o ex-marido da Madonna que habita nesta país, faz um remake cujo objetivo é conseguido. Tocar pontualmente no filme com que a Disney nos brindou em novembro de 1992, que teve críticas positivas do público, nomeadamente no que toca à banda sonora. Um mundo ideal ou a Whole New World ainda hoje se canta quando se fala em Aladdin.

Vinte e sete anos depois, chega-nos uma nova versão, mais atual(?), em que Will Smith é o génio em carne e osso. Azul. Nesta altura do ano será quiçá complicado. Não pela cor mas porque ele se queixa que está fechado na lâmpada sem apanhar Sol há mil anos. Talvez por isso não tenha ganho juízo desde 1992 até hoje.

Por outro lado Aladdin ganhou outra garra. Até faz parkour pelos telhados para fugir aos guardas reais. E consegue. Fugir aos guardas. Mas, contas feitas, o filme que agrada e "até me fez chorar", disse-me uma jovem sócia no fim, gira quase todo à volta de Will Smith. O resto do elenco anda por ali sem grande relevância. Tirando um macaco que é sempre o culpado pelo que Aladdin... tira sem que os outros se apercebam.

Há a versão portuguesa, que em termos de vozes cantadas tem muito mais força que a versão original, e há esta, onde apesar de tudo é sempre mais natural ver Will Smith falar na sua língua nativa.

Mas, balanço final, o público gostou, algum até chorou e bateu palmas. Um Mundo Ideal, afinal de contas, de que ficam algumas fotos tiradas sem o Tapete Voador.

Publicado em 27/05/2019