Cultura

Frozen 2

A água tem memória

Foi a sorte do Olaf, o boneco de neve, que no meio desta aventura, por causa da intervenção dos cinco elementos, água, terra, fogo, ar e sol, acabou desfeito a meio do filme.

Como todos sabem, Elsa nasceu com poderes mágicos. Tudo o que toca transforma-se em gelo. Anna, a sua irmã, vive solitária num castelo enorme, já que Elsa acaba por se fechar num quarto para que ninguém descubra tais poderes. Se a vida das duas já era difícil, os pais não sobrevivem numa viagem que faziam de barco, que acaba por naufragar.

Frozen 2 retoma a história em que Elsa e Anna são pequenas. O pai resolve contar a história da Floresta Encantada, muito para lá do reino, onde se escondem os elementos do Universo. Decidida a descobrir o porquê dos seus poderes, parte para onde não é suposto, a "equipa" do primeiro filme, que inclui Kristoff, Olaf e Sven.

Desta viagem nasce Frozen 2, bem concebido, com muitas canções Disney que estarão melhor na língua original que na dobragem em português. Não que estejam mal, mas porque há rimas que não rimam lá muito bem. Olaf faz as delícias dos mais pequenos não só pela canção bem ritmada que lhe atribuem, mas também pela loucura que o caracteriza. Afinal ele é um boneco de gelo sem cérebro. O outro era de palha e dizia "Se ao menos eu tivesse cérebro".

O balanço final é positivo. O filme que "muda de cor", já que apresenta um cenário fabuloso de outono, que faz parte com certeza dos cinco anos que levou a realizá-lo. Foi por isso uma manhã bem passada, aliada a uma sessão de Natal.

Mas começámos por dizer que a água tem memória. Nós também, e se bem se lembram na solidão em que vive, Anna convida Elsa numa canção "Vens fazer um boneco de neve?". Pois agora é a vez de Elsa formular o convite a Anna, para fazer reviver Olaf, para alegria de todos nós, que tem honras de fecho de filme, depois de passada a longa ficha técnica e numa altura em que já só está na sala quem organizou. Da sessão, fica a foto possível.

Publicado em 03/12/2019