Cultura

Visita guiada ao Museu da Água

Núcleo da Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos visitado pelos nossos associados

A receber-nos, no dia 23 de maio, estava a Dra. Bárbara Bruno, já nossa conhecida, por ter sido a guia que nos acompanhou noutros núcleos do Museu da Água. Para início da visita fez-nos uma vasta descrição histórica do que foi, durante séculos, a problemática do abastecimento de água à cidade de Lisboa.

Da vivência associada às antigas fontes de Alfama, fomos levados ao Aqueduto Romano, continuando para o Aqueduto do Alviela, depois Aqueduto do Tejo, seguindo-se o Aqueduto das Águas Livres de que nos fez uma vasta descrição sobre a constituição da sua rede, e concluindo com a atual Barragem de Castelo do Bode, construída já no último quartel do século XX e que por agora resolveu o problema, não só de Lisboa, bem como de muitos dos concelhos limítrofes da bacia hidrográfica do Tejo.

Para os sócios, cujo outono da vida é já uma realidade, e se moram desde sempre na periferia da capital, não é desconhecida esta faceta de frequentemente abrir a torneira e a mesma nem pingar.

A Central dos Barbadinhos foi construída, na cerca do convento do mesmo nome, para que a água vinda do Alviela fosse elevada até aos pontos mais altos da cidade através de compressão, agora possível devido à máquina a vapor. Imagine-se a importância desta obra quando até ali a água chegava às pessoas somente pela via da gravidade. Das fornalhas onde ardia o carvão, para gerar o vapor, já só existem reconstruções fotográficas mas que nos deram para perceber quão duro seria aquela tarefa. As caldeiras estão em excelente estado de conservação e pudemos ver como era o seu funcionamento. A enorme roda de balanço acionava uma cambota que ligada às  bombas de aspiração e compressão elevava a água levando-a assim a chegar aos moradores, deixando estes de ir à água para ser a água a ir ter com eles.

Esta central funcionou a carvão durante poucas décadas pois a era da eletricidade impôs-se e a bomba elétrica substituiu a produção do vapor. Hoje é apenas um museu que vale a pena ir ver, de preferência em grupo e com guia.

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Publicado em 25/05/2015