Cultura

Exposição "Quando Lisboa Treme"

Lisboa esteve a tremer, não por causa de qualquer abalo telúrico, mas porque a meteorologia brindou a cidade com imensa chuva e frio

Poucos minutos antes do início da visita a chuva caía, e caía, como se alguma barragem, lá das alturas, tendo colapsado, estivesse a desabar sobre nós. Mesmo com estas condições climáticas, um pouco mais de três dezenas de corajosos sócios marcaram presença.

Começou, a visita, pela Maqueta que reconstitui a cidade antes do terramoto de 1755. O guia que nos recebeu, Mário Nascimento, fez-nos uma descrição detalhada de todos os palácios mosteiros e conventos que à época existiam na urbe lisboeta. Foi muito interessante, e entusiástica, a sua apresentação, o que captou o interesse e a atenção dos sócios.

Depois passámos para a sala onde estava a exposição que dava nome à visita. Ali pudemos ver o "esqueleto" das futuras construções pombalinas, pós terramoto, e como foi pensado e concretizado o travejamento das novas habitações para, em caso de novo sismo, estas resistirem ao mesmo. A muito falada técnica da "cruz de Santo André" ali estava também representada.

Seguiu-se a simulação de um sismo e de como nos devemos proteger nesses momentos. Alguns sócios não quiserem ir embora sem testarem a sua destreza de se colocarem debaixo de uma mesa assim que sob os seus pés o chão começava a tremer, e aquele ruído característico, que acompanha os sismos, se fazia ouvir.

E sem ficarmos assustados, saímos todos com a consciência de que Lisboa já tremeu muitas vezes, a maioria delas sem grandes consequências, e que um dia voltará, ninguém sabe quando, a tremer.

Clique aqui para ver algumas fotos da nossa visita.

Publicado em 29/02/2016