Considerado um dos melhores exemplos da arquitetura palaciana do séc. XVII em Portugal
Transposto o portão de ferro do átrio do palácio, as cinco dezenas de sócios puderam imaginar o que seria o ritual dos visitantes de outros tempos, a apearem-se do cavalo ou de carroça, e que antes de subirem ao andar nobre podiam refrescar-se nas águas da fonte. Esta assenta sobre um patamar e dos seus lados partem lanços de escadas que convergem na entrada do piso superior. Toda a escadaria é revestida a azulejos de padrão camélia do século XVII, testemunhando a paixão aristocrática por esta novidade, recentemente trazida do Oriente.
A biblioteca tem as paredes forradas de estantes ainda com muitos livros sendo, boa parte deles, antiquíssimos. Um globo celeste e outro terrestre também fazem parte do mobiliário.
A Sala das Batalhas é o espaço interior mais emblemático, e também o mais original do edifício. Dom João Mascarenhas encomendou um conjunto de oito painéis de azulejos, descritivos das batalhas que conduziram à Restauração, nas quais ele próprio se destacou e que lhe valeram o título de primeiro Marquês da Fronteira, distinção concedida por D. Pedro II em 1670.
Saímos do edifício para o terraço da capela, onde nos demorámos alguns instantes, não só porque ali já podíamos fotografar, mas por ser um espaço fascinante.
Seguimos para a casa do fresco. Nos dias de calor era o local onde as damas da casa se resguardavam da canícula e ocupavam o tempo em conversas sobre os temas do quotidiano da época. Houve quem fizesse a experiência e confirmou que era na verdade muito fresco sentar-se neste espaço.
Continuámos para o Jardim. Este mantém-se bem conservado. O lago é encimado por estátuas representando os nossos Reis até à época da construção deste palácio, que começou por ser um pavilhão de caça mas, após o terramoto de 1755, a nobreza transformou em edifício de habitação permanente.
Sendo a residência do titular da casa de Fronteira e Alorna, as visitas são limitadas no tempo e no espaço, e, por razões de privacidade e segurança, não foi permitido fazer qualquer foto no seu interior.
Mas o dia de sol que estava permitiu, no jardim, dar a todos asas à sua veia fotográfica. Para além das fotos que acompanham esta breve nota da visita, convidam-se os sócios a ver a reportagem que será mostrada pela TV BCP, que esteve no jardim a recolher imagens desta visita.
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Aceda aqui ao vídeo da Millennium TV.
Publicado em 02/05/2016