Cultura

Associados do Clube realizaram uma visita guiada a Elvas

A cultura foi, a 24 de fevereiro, pretexto para bons momentos de convívio, e de reencontros, entre sócios

Falar de Elvas é como falar no Forte da Graça. Era para o visitarmos, mas o mesmo encerrou, de urgência, para obras, e tivemos de alterar o programa. Optou-se, em alternativa, por uma visita à cidade.

Chegámos às dez e, à entrada da urbe, aguardava-nos o Sr. José Martins, que nos acompanhou durante todo o tempo que pudemos estar em Elvas, porque há a "ditadura" do horário do autocarro. O Sr. Martins, uma personagem simpática, contou-nos muitas histórias sobre a cidade, de famílias brasonadas que ali residiram, dos conventos que existiram, sendo o mais emblemático aquele que está em obras a fim de ser aproveitado para um hotel. Mas contou-nos também "estórias" para que a boa disposição fosse uma constante.

Ao passarmos junto à fábrica de conserva das famosas ameixas de Elvas, mal seria que não entrássemos para as provar. E assim aconteceu. Depois de as provar, seguiu-se, naturalmente, o momento de as comprar. Do terraço da fábrica, Badajoz estava à vista, bem como Olivença, um pouco mais além. Via-se o Forte da Graça, lá no alto do monte. Da sua história faz parte uma época em que foi prisão militar. Dizia-se, que os que ali cumpriam penas estavam condenados à maldição de Sísifo.

Das igrejas que visitámos são de realçar a de Nossa Senhora da Assunção e a do extinto Convento das Dominicanas, vulgarmente conhecida dos habitantes locais pela Capela do Senhor dos Aflitos. Entrámos na que foi a principal sinagoga de Elvas, que trouxe à memória de todos a história da expulsão dos judeus. Também se falou de mesquitas, que existiram na cidade, e sobre as quais acabaram por ser edificados outros templos, ou edifícios.

Descemos a escadaria que nos levou ao fundo da cisterna (está sem água, obviamente), que era um enorme reservatório para abastecimento da população, pese embora o rio Guadiana passar ali não muito longe. Coisas das defesas dos povos que tinham o inimigo castelhano na linha do horizonte.

E já ao fim da tarde fomos para o Forte de Santa Luzia. É um extraordinário baluarte que completava a defesa de Elvas. O Sr. Martins levou-nos ao interior da muralha, por estreitos corredores, para acedermos ao que foi a casa da pólvora. Não é percurso aconselhado a quem sofra de claustrofobia, mas ninguém se assustou.

E terminámos no Forte, com alguns a fazerem o exercício de subir uma escada sui generis, que os sentinelas usavam para espiar o inimigo que vinha de Castela. Saímos de Elvas ao pôr do sol, já no limite do horário, para estarmos em Lisboa. E assim, a cultura foi o pretexto para bons momentos de convívio, e de reencontros, entre sócios.

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Publicado em 26/02/2018