Cultura

Visita guiada pela Rua da Junqueira

Manhã dedicada a olhar o património da cidade de Lisboa

A Rua da Junqueira termina junto ao Palácio de Belém, daí que o ponto de encontro, para esta visita, em ritmo de passeio, a 2 de junho, tenha acontecido na Praça do Império.

Antes de darmos os primeiros passos falou-se da Quinta do Palácio da Praia, que outrora existiu, onde hoje temos o CCB, e da grande exposição do Mundo Português que naquela área envolvente, onde estávamos, decorreu entre junho e dezembro de 1940.

Percorridos escassos metros chegámos ao Beco do Chão Salgado. Ali, recordámos, existia o Palácio dos Duques de Aveiro que o Marquês de Pombal mandou arrasar, salgando de seguida o chão onde era o mesmo. E falou-se do atentada ao Rei Dom José, do Palácio das Inconfidências, ou dos Condes da Calheta, que está ao cimo do Jardim Botânico Tropical, e do horror que foi o assassinato dos Távoras, acontecimento que teve lugar na zona onde hoje é a estação ferroviária de Belém.

Passámos diante do Palácio dos Condes de Aveiras, hoje conhecido por Palácio de Belém. Já na Rua da Junqueira entrámos no Palácio do Marquês de Angeja. Uns metros adiante parámos junto aquele que foi o lugar de trabalho do Ferrador (e endireita) do Altinho, indo de imediato até ao sítio onde os remadores de Suas Altezas Reais aquartelavam. Também, ali perto, existiu o Convento das Freiras Salessas, cujo nome, transportado para o mundo da bola, deu como resultado o campo de futebol das Salésias, nome que os sócios com mais primaveras certamente já terão ouvida pronunciar.

E à medida que íamos passando diante dos mesmos falou-se dos: Palácio Lázaro Leitão, Chafariz da Junqueira,  Quinta das Águias, Cordoaria Nacional, Fortes de São Pedro e de São João, Palácios do Ega, Palácio Pessanha Valada, Palácio Burnay ou dos Patriarcas, Palácio do Conde da Ponte, Palácio dos Condes da Ribeira Grande, Palácio dos Condes de Sabugosa, da Quinta dos Álamos e, quase a terminar, visitámos a Igreja de Nossa Senhora da Quietação, vulgarmente conhecida pela Igreja das Flamengas, pois este convento foi mandado construir pelo Rei Filipe II destinando-se a ser ocupado pelas freiras holandeses que haviam saído da Holanda por via das perseguições religiosas que havia à época.

Estávamos a chegar ao Largo do Calvário, onde foi dada por finda esta visita, que decorreu em moldes um pouco diferentes do habitual, pois foi uma visita que abrangeu uma área da cidade, e não um monumento específico. E assim, um grupo de sócios passou mais uma manhã dedicada a olhar o património da cidade de Lisboa.

Publicado em 06/06/2018