Cultura

"Pela Freguesia de Ramalde"

(...) a contento de todos

A 17 de novembro de 2018, a Secção de Percursos Acompanhados do Clube (Norte), em jeito de despedida da época 2018, não resistiu a proporcionar aos seus mais fiéis seguidores um lanche no típico Tasco Quim Violas, na freguesia de Ramalde, já que foi efetivamente para esses lados que fomos desta vez.

Se uns conheciam a freguesia por serem naturais dessa zona ou porque por ali residem, para muitos foi uma descoberta. Para todos, quer parecer-nos, foi uma tarde agradável, onde percorremos ruas menos centrais, descobrimos casas que vale a pena ver, recantos com memórias do passado rural, industrial e até desportivo desta zona; relembremos o local de funcionamento do velho Ramaldense.

O ponto de partida foi a Avenida da Boavista, onde Manuela Cambotas nos propôs a interpretação do Monumento ao Empresário Portuense, do escultor José Rodrigues, e fomos andando até à Tasca da Badalhoca. Aqui, apesar de o estabelecimento encerrar ao sábado à tarde, o nosso especialista na matéria, Raul Simões Pinto, conseguiu que nos abrissem as portas, ficando assim a saber um pouco mais da sua história pela voz do Raul.

De seguida fomos caminhando pela Rua do Pinheiro Manso, pela Igreja Velha de Ramalde e pela Igreja Nova até à Casa de Ramalde. É edifício de tanta importância mas que, lamentavelmente, não se consegue visitar. Limitámo-nos a espreitar pelo portão, enquanto ouvíamos a sua história.

Mas como se referiu "em jeito de despedida da época 2018" faltava uma pequena surpresa. Uma breve visita ao Centro Budista do Porto, onde uma das responsáveis, a D. Margarida, nos fez uma introdução ao Budismo e nos propôs um pequeno exercício de meditação. Objetivo cumprido, dizemos nós.

O lanche. Já começou um pouco tarde e foi-se prolongando, com os convivas bem dispostos, conversadores e com algumas leituras à mistura. Foram selecionados por Manuela Cambotas textos do escritor Casais Monteiro, «Miss Esfinge» e «Camilo Alcoforado», tendo passado antes pela rua com o seu nome. De acordo com a modéstia do nosso seccionista, Nuno Oliveira, os excertos dessas obras "foram lidos razoavelmente". Raul Simões Pinto selecionou e declamou muito bem, dois poemas do escritor e poeta portuense Manuel António Pina e um do poeta americano Allen Ginsberg.

Foi o fechar com chave de ouro e a contento de todos, podemos dizê-lo.

Publicado em 20/11/2018