Cultura

Associados do Clube desfrutaram da 2.ª visita guiada à "Defesa da Barra do Tejo"

Torre de Belém foi ponto de partida para mais um agradável passeio pela história

Passear, e ouvir um pouco de história, na zona do "Castelo de São Vicente a Par de Belém", é sempre agradável, para quem gosta, ainda para mais se estiver um dia (24 de setembro) de sol ameno.

Junto à Torre falou-se da defesa da Barra de Lisboa e da função desempenhada pela que é hoje conhecida somente por Torre de Belém, em conjunto com o Forte de São Sebastião da Caparica, que, do mesmo modo, conhecemos por Forte de Porto Brandão. Foi neste Forte de Porto Brandão que o célebre Bulhão Pato trabalhou e criou o seu petisco de amêijoas.

E, estando o grupo junto à Torre, lembrou-se aos participantes que entre 1889 e 1949, onde hoje temos um agradável espaço verde, nesse período, funcionou ali a Fábrica de Gás de Belém (que a partir da queima de carvão produzia o gás), que mais tarde fez a fusão com a outra fábrica de gás que existia, onde hoje temos o edifício da EDP, perto do mercado da 24 de Julho, e, da fusão de ambas, nasceu a CRGE, na Matinha, tendo falecido por alturas da "Expo 98".

Andando pelo Bom Sucesso, o mote foi a Princesa Maria Benedita e os seus palácios, bem como dos Duques do Cadaval, e olhámos o sítio onde outrora foi a Casa do Governador da Torre de Belém e as cetárias ali descobertas, onde os romanos produziam o "garum". E, entre outros assuntos, da fábrica de vidro que existiu nos arredores, bem como de uma oficina de linifícios e da fábrica de cereais que foi a antepassada da empresa Cerealis.

Por falarmos em fábricas, subimos até à Rua da Fábrica CARP. Ficaram os Sócios a saber que naquela área existiu a fábrica que produziu os celébres tecidos para o Cachenê ("Ai Chico Chico" - YouTube). E por estarmos próximo, na Rua Vila Correia olhámos o portão de ferro do número 17, pois era o portão norte da antiga Praça da Figueira, e no interior deste, hoje número 17, era onde estavam instalados os gasómetros para armazenarem o gás produzido pela fábrica da Torre de Belém.

E, dando mais uns passos, falou-se das freiras irlandesas do Bom Sucesso, do Palácio do Correio-Mor e do Conde/Barão, do Palácio da Praia, de Topiária, dos Jerónimos, do Chafariz da Bola, dos Távoras e, como já passava do meio dia, terminámos por ali a nossa visita.

Nota: Como é evidente, a imagem com a fábrica de gás junto à Torre de Belém foi tirada de um livro que a Junta de Freguesia de Belém emprestou ao Seccionista José Lopes Pereira.

Publicado em 25/09/2023