Desporto

Maratona do Porto 2021

Relato do nosso atleta Hugo Santos Pereira

E eis que chega a prova rainha do atletismo, para a qual temos treinado durante os 3 meses anteriores. Todas as horas e quilómetros investidos no treino, iam agora ser postos à prova! E quem não tivesse treinado o suficiente, ia de certeza sentir no corpo os efeitos nefastos da maratona, principalmente a partir do km 35.

E foi isso mesmo que me aconteceu, embora pense que tenha treinado o suficiente para esta prova, onde o principal objetivo era bater o recorde da minha 1.ª maratona, em 2019, com um tempo de 3h25.

Depois de um recorde pessoal na meia-maratona, com um tempo de 1h28 (conseguido em setembro), sentia-me bastante confiante e com as pernas soltas e a corrida desenrolou-se muito bem até à passagem dos 21 km (que fiz sensivelmente em 1h30). No entanto, à passagem dos 25 km, comecei a sentir umas leves cãibras nos gémeos, que colmatei com uma cápsula de sais eletrólitos (recomendo vivamente a levarem sempre isto convosco nas provas de maior duração e intensidade). O problema foi que aos 35 km voltei a sentir com mais intensidade as mesmas cãibras e já não tinha mais cápsulas comigo. Iam ser 7 km de tortura até à meta!

Foi então que, no meio desta tortura de cãibras e dores, surgiu a 3 km da meta um verdadeiro salvador, o Álvaro Pinto, que tinha terminado a prova dos 10 km e veio com o intuito de dar apoio aos colegas em prova (e trazia cápsulas de sais com ele). Vai daí, já sem cãibras, acabei por conseguir concluir os últimos 3 km num ritmo mais alto, com o Álvaro a acompanhar e a puxar por mim, o que deu para terminar a prova nas 3h12.

E é este o espírito Millennium bcp, que se sente nos colegas que acabam as suas provas e nos vêm dar apoio e palavras de incentivo (como foi o exemplo também da Isabel Duarte).

Agora fica a promessa de no próximo ano tentar o objetivo das 3 horas.

Publicado em 15/11/2021