Desporto

101Km de Ronda: "Uno Igual que Todos"

Relato do Associado Rui Ramalho

Pois o Fenómeno Ronda 101Km/24 horas (XXIII edição) realizou-se, uma vez mais, após o interregno de dois anos devido à pandemia Covid-19. Inevitavelmente, Ronda não é uma prova! A única prova que Ronda tem, é a prova viva de quem por lá passa e que quando regressa tenta explicar a quem lá não foi o que é e o que viveu por lá, mas não consegue.

Não por não haver nada a contar de significativo. Não por não saber o que contar. Mas sim pelo facto de cada vez que começa a contar, os olhos lacrimejarem, a pulsação acelerar bem mais do que em qualquer parte do percurso e o caudal de recordações da vivência de Ronda 101Km ser tão avassalador que as palavras saem numa velocidade tal, que é como se pedíssemos a um jornalista que relata futebol para o fazer numa partida de golfe.

Em 2020, quando era suposto ter ocorrido o Fenómeno Ronda 101Km, a Legião Espanhola (entidade organizadora) comemorou 100 anos, e por esse facto tinham aberto o limite de inscrições para 5.750 corredores/marchadores, para além dos 3.250 ciclistas (BTT), já para não falar dos 1.200 atletas de mais tenra idade, que têm uma prova própria.

É logo aqui que tudo começa a ser diferente. Os atletas, as suas famílias e amigos entopem a cidade de Ronda na sexta-feira (13 de maio), quando chegamos, e só a libertam à medida que vão terminando. Isto a juntar às centenas largas de turistas que por lá andavam e que foram continuando a chegar para apreciarem a lindíssima Ronda e arredores (Arriate, Setenil de las Bodegas, Alcalá del Valle, Montejaque y Benaoján) e poderem juntar-se à procissão que se inicia após o último "Cientunero", que chega no limite de tempo, 24 horas depois da ordem de partida.

Aceda aqui ao relato na íntegra.

Publicado em 25/05/2022