Desporto

Estrela Extreme Triathlon: uma prova adiada!

Relato do Associado José Farinha

Seria uma estreia na Serra da Estrela, um half que acabou por não se realizar por questões de segurança com cancelamento à última hora - o trauma dos fogos era recente e as autoridades não quiseram arriscar.

Mas nem tudo foi perdido. A organização propôs aos que lá estavam fazer um treino e aproveitar o percurso que estava delineado: a natação no belíssimo Vale do Rossim, o percurso da bike com sobe e desce até à Torre e a corrida por trilhos do Vale do Rossim até ao Sabugueiro e regresso ao mesmo local.

Do Clube todos estiveram presentes às 09h00 para iniciar a natação. De forma descontraída todos acabaram e esperámos por todos até iniciar a bike. Sim, um ambiente totalmente informal sem as complicações das competições.

Arrancámos em direção a Manteigas. Uma descida bem divertida bem ao estilo dos doidos na matéria das curvas e contra-curvas. Eu limitei-me a seguir o Helder, que escolhia a melhor trajetória. Eu só tinha que ir na roda e fechar os olhos, travar, e seguir para a próxima, a grande velocidade.

Chegados a Manteigas, eu parti sozinho para a penosa subida até à Torre. Eram 20 km de sofrimento. Eu encaro estas coisas sempre como um desafio, por isso limitei-me a gerir um ritmo que achava que seria possível pedalar sem perder totalmente o "gás". Assim foi, nunca entrei em loucuras de esticões como alguns que passaram por mim e depois lá estava eu a passá-los novamente. Mantive o ritmo e assim lá cheguei à Torre, ainda antes já vinha o Manel Rodrigues a descer; aliás, não seria de esperar outra coisa. Dá gosto vê-lo pedalar.

A organização esteve sempre presente em todos os locais para abastecimento como uma prova se tratasse. Foram irrepreensíveis a esse nível. Ter o Armando Teixeira a segurar a minha bike e a fazer o meu abastecimento é um privilégio. É sem dúvida uma figura incontornável no desporto nacional, um homem totalmente dedicado aos atletas, uma pureza ímpar.

Descer a Torre seria testar os travões e manter a cabeça fria. As velocidades que se atingem podem rapidamente ultrapassar o razoável, mas segui sem dificuldades. Mais tarde teríamos que optar entre seguir em frente para Seia ou cortar em direção ao Vale do Rossim. Eu optei por subir logo para o vale, outros acabaram por seguir para Seia, mas eu tinha à minha espera a minha família e preferi ir tomar um belo banho no vale com a minha filha, até esperar por uns quantos para entrar nos trilhos. Assim foi, o Manel chegou entretanto, tinha feito mais uns quilómetros de bike e decidimos em conjunto com uma atleta da Golegã seguir logo para os trilhos para não quebrar o ritmo.

O percurso dos trilhos tinha um início chato, muita pedra solta para dar cabo dos pés. Só passados 7 km é que começou a melhorar. Eu e o Manel chegados ao Sabugueiro, não percebemos a sinalização, que era pouca, pois a prova tinha sido cancelada. Não conseguimos entrar novamente no trilho, simplesmente não encontrámos as fitas e tivemos que seguir pela estrada, até ao vale que acabou por dar a mesma distância e o mesmo desnível, 21 km e 600 D+.

Uma prova cancelada que acabou por ser um treino fantástico, com ambiente familiar, descontraído e quando menos se espera às vezes estas coisas acontecem. Obrigado à organização; grande ambiente e grandes atletas a representar o Clube Millennium bcp sempre ao mais alto nível.

Esperamos agora pelo reagendamento da prova para estarmos presentes de forma competitiva.

Presentes: Eduardo Ferreira, Helder Batista, Manuel Rodrigues, Pedro Neves, Rui Magalhães, José Farinha e respetivas famílias.

Publicado em 02/08/2017