Triatlo de Alpiarça

Relatos de Bruno Vaz e Miguel Cruz

No passado fim de semana (22 e 23 de março) efetuou-se a 1.ª prova de triatlo da presente época, em Alpiarça, e o Clube esteve representado na Prova Aberta pela "Família Vaz" (Bruno e Rita), e na prova do Campeonato Nacional pelo Miguel Cruz e pelo Paulo Silva.

Relato da Família Vaz

Dia 23 de março de 2014, a família Vaz inaugurou a época de triatlo na localidade de Alpiarça, mais precisamente no complexo da barragem dos Patudos. Optámos pela participação na prova aberta que se afigurava a solução mais adequada à nossa condição física. Como tínhamos indicações que o local tinha excelentes condições para passar um bom bocado em família e aliar a prática desportiva, bem cedo a família Vaz partiu em direção a Alpiarça.

Chegados à barragem e equipados com o material necessário para participar na prova, mais a merenda para o picnic, efetuamos logo o reconhecimento da barragem dado que íamos nos estrear a nadar neste tipo de “água”. Não fomos demovidos das nossas intenções pela cor esverdeada da água, o lodo ou o frio, e às 09h30 estávamos prontos para a partida da 1.ª prova do ano.

Segmento de natação: Para “variar”, a Rita chegou na minha frente e à saída da água contámos com o apoio familiar em que se escutava o meu filho a gritar que estava um rato morto a boiar na água (tem foto). Não tenho boas sensações deste segmento, pois embora tenha sempre nadado em estilo livre e desta vez não "levei" com a "máquina de lavar", acabei completamente exausto e só pensava como é que no dia 3 de maio vou fazer 950 metros de natação se não aguento 300 metros (logo se vê...). No local de transição para a bike tenho uma palavra de motivação da minha filha em que me diz: "Pai, safaste-te bem”.

Segmento de ciclismo: Correu dentro do habitual, dei a roda à Rita e fomos a recuperar alguns lugares e por algum tempo tivemos a "companhia" da GNR, que nos indicou que íamos a rolar a 30 km, o que nos motivou a impor um bom ritmo.

Segmento de atletismo: Mais uma vez deu para atestar que a Rita não se dá bem com este segmento e na opinião dela o triatlo podia ter 3 segmentos, mas nunca o atletismo. Foi gerir o esforço e tentar chegar ao fim com um riso nos lábios porque nos esperava uma bela merenda para picnic.

Em conclusão, consideramos que é um bom programa a repetir não só no aspeto desportivo mas também familiar.

Nota: A Rita não podia ter feito melhor prova, pois foi a 1.ª e "única" do escalão dela.


Relato do Miguel Cruz

O meu 1.º triatlo como federado.

Há muito que tenho testemunhado os relatos e histórias de vários atletas do Clube Millennium bcp em torno das suas participações na modalidade, e só me ocorria um pensamento, "quero fazer um triatlo!".

Em 2012 e 2013 dei os primeiros passos na modalidade, fiz o triatlo do Ambiente, em Oeiras, em prova aberta SSprint e gostei muito, mesmo com todas as limitações logísticas, não tinha fato neopreno, não tinha bicicleta de estrada, não tinha treino específico, tinha sim falta de jeito, mas lá terminei as provas com uma sensação de "soube a pouco".

No final de 2013, a decisão estava tomada, vou incluir algumas provas de triatlo no meu calendário de provas de 2014.

Comecei os preparativos, no início do ano comprei a bicicleta, o fato de neopreno e o Clube Millennium bcp patrocinou a inscrição à FPT; estavam reunidas as condições mínimas e comecei a treinar, apoiado sempre com os bons conselhos de amigos experientes nestas andanças: Pedro Quaresma, Pedro Caeiro, Manuel Rodrigues, Humberto Lomba, Bruno Vaz e outros.

O treino foi-se desenvolvendo entre a piscina, no Tagus, as saídas de bike ao fim de semana, perto de casa, e as provas de trail.

Chega o dia 23 de março. Missão: Triatlo Sprint de Alpiarça Miguel Jourdan.

Acordo cedo, carrego tudo no carro, parto rumo a Alpiarça sem antes deixar o outro atleta federado lá de casa, o meu Benjamim Pedro de 8 anos e a sua bicicleta, com o Manuel Rodrigues para uma prova de bicicletas perto de casa.

Uma hora depois chego a Alpiarça, descarrego o material e vou à procura da barraquinha da federação para levantar o dorsal, toca, chapinha p/ bike e chip. Tudo corre bem. É nessa altura que me cruzo com o Bruno Vaz que já tinha terminado a sua participação no SSprint na companhia da sua filha Rita. O ambiente era ótimo, bikes espetaculares, atletas de topo e para minha surpresa, quando pensava que ia andar por ali sozinho, aparece o Pedro Silva, o João Silva e o Paulo Silva. De repente a minha confiança e responsabilidade duplicaram - tenho mesmo de fazer isto bem.

Entro no parque, preparo tudo, visto o fato e com o Paulo Silva vamos para a partida da prova na barragem. A natação correu bem, exceto os primeiros 150 metros, quando comecei a nadar muito para a direita e dei comigo na margem da barragem no meio da escassa vegetação com água pela cintura; rapidamente retomei, sem mais percalços, até ao final.

Na bicicleta, e depois da complicada e demorada transição da natação, comecei a pedalar. Rapidamente apanhei o meu ritmo sem grande desconforto físico e lá fui sempre na companhia de outro atleta que estava com o mesmo andamento do que eu.

Na corrida já perdi menos tempo na transição da bike e comecei a correr. Aqui já senti algum desconforto muscular que só passou depois de 2 km, altura que estava pleno de força e segurança para correr mais uns bons quilómetros, mas entretanto chega a meta e a prova termina. Estava satisfeito com o meu desempenho e com aquele pensamento “esta já está!”.

Agora há que melhorar muita coisa, continuar os treinos, cumprir objetivos. Venha o triatlo Olímpico do Estoril (2014-03-25).

Agradeço o apoio da minha família e a companhia dos vários atletas do Clube Millennium bcp, indispensável para alcançar este e outros feitos desportivos.

Publicado em 28/03/2014