Desporto

Duatlo das Lezírias "Taça de Portugal PORTerra"

Relato dos associados Luís Nascimento, Luís Gonçalves e Pedro Canas

Realizou-se no passado dia 1 de fevereiro a 2.ª etapa da Taça de Portugal PORTerra. O nosso Clube esteve presente na prova Taça de Portugal e na Prova Aberta. Seguem os relatos dos nossos associados.

Taça de Portugal - Luís Nascimento

Realizou-se no passado dia 1 de fevereiro de 2015 a segunda etapa da Taça de Portugal PORterra. Já na sua XIX edição, o Duatlo das Lezírias, prova de homenagem ao saudoso atleta José Luís Matos, foi organizada pelo Município de Vila Franca de Xira e Alhandra S.C., o qual contou com a participação de perto de 300 atletas. Na presente edição, o Clube Millennium bcp esteve representado pelo atleta Luís Nascimento.

Sendo considerada uma das provas mais duras da Taça de Portugal, devido às baixas temperaturas e duras condições, principalmente presentes no Circuito de Ciclismo por Terra, a prova teve início às 15h30, com a primeira corrida de 6.000 metros com a zona de meta repleta de lama, sempre disputada em grande ritmo por parte dos presentes, já com a temperatura pouco convidativa e vento constante.

A entrada no parque de transição foi acompanhada com muito entusiasmo por parte do grande número de espectadores, que aplaudiam e incentivavam os atletas para a prova de ciclismo, que se iniciava e teria duas "pesadas voltas" com um total de 29.000 metros. Os primeiros quilómetros direcionados a sul, entrando na bonita Lezíria Ribatejana, foram feitos com médias de velocidade elevadíssimas, visto o vento estar pelas costas dos atletas; as máquinas de roda 29, mostraram grande vantagem neste circuito plano, possibilitando mais velocidade com menor dispêndio de força, poupando muito as reservas calóricas dos atletas para o que ainda se reservava.

Assim que o circuito mudou de direção, para oeste, rumo ao caminho que levava ao Rio Tejo, começou uma luta contra o forte vento frio, que abrandou de imediato o ritmo dos participantes. Ao ficarem paralelos ao Tejo, iniciava-se a grande dificuldade da prova, numa zona de lama solta que muito fustigou quem já tinha algum desgaste e menor capacidade de condução técnica nestas duras condições que terminavam na zona da meta, na qual, o público aguardava ansiosamente para ver os atletas. Na segunda volta o cenário agravou-se, visto o dia estar a terminar, tendo as temperaturas baixado bruscamente, denotando-se a abrandamento de muitos atletas em prova.

Terminada a segunda volta, os triatletas entraram novamente no parque de transição, mas desta vez para deixarem as sua fiéis companheiras e trocarem os sapatos de encaixe pelos ténis de corrida.

Na última corrida, com 3.000 metros, o desgaste e o frio já se faziam notar em muitos atletas, que obrigou a ritmos mais modestos e a algumas desistências tal como já tinha acontecido na primeira volta de ciclismo.

Terminou então a prova, com a grande euforia e apoio por parte do público, na receção dos atletas na meta, que por sua vez também se congratulavam uns aos outros e partilhavam opiniões e experiências deste fantástico e apaixonante evento de duatlo em Portugal, que em 2016 fará 20 anos.

A retirada dos "cavalos de batalha" do parque de transição já foi feita de noite, após animada entrega de prémios entre os muitos presentes na Lezíria Ribatejana.


Prova Aberta - Luís Gonçalves

O início da manhã esteve frio mas por volta das 11h apareceu o sol e melhorou. De vez em quando aparecia a chuva.

As provas começaram com algum atraso perante a ansiedade dos cerca de 500 jovens que participaram. Fiquei agradavelmente surpreendido com a quantidade de jovens desde os benjamins aos juniores, masculinos e femininos. Foi muito bonito. Temos futuro.

Quanto à prova, decorreu dentro do que esperava, com muita lama! A corrida até começou bem, com bom ritmo; na transição perdi algum tempo na troca de ténis por sapatos de encaixe.

Depois do fulgor inicial no BTT, a 2.ª metade estava "pesada" e demorámos muito tempo, perdendo bastantes posições. A transição para a 2.ª volta de corrida foi rápida, acabámos com bom ritmo na corrida, que é o nosso ponto forte, abaixo da hora de prova.

É uma boa experiência. Já sabemos que quem anda à chuva molha-se: por nós que participámos, tudo bem, mas para a assistência, para quem gosta de acompanhar e ver as provas, infelizmente não tem grandes condições. Apesar deste ponto menos forte e do atraso do início das provas, dou nota positiva para a organização.


Prova Aberta - Pedro Canas

O dia começou bem cedo, tínhamos que levantar o dorsal e deixar o material no parque de transição até às 9h40. Um pouco antes da partida estava um pouco expectante de como iria decorrer a prova de BTT,  tinha chovido bastante durante os dias anteriores e já me tinham referido que se poderia apanhar bastante lama.

No decorrer desta prova, pelo km 5, comecei a ter cãibras nos pés e a ficar com as mãos dormentes pelo que até ao final foi sempre devagar, devagarinho. O Luís foi uma grande ajuda porque foi-me sempre acompanhando, um apoio extra sem dúvida.

Nem na minha pior perspetiva diria que demoraria 45m para fazer 8,7 km de "bicla". Tenho que treinar mais esta componente! A correr faço-o mais rápido. Não tive dificuldades acrescidas na transição de bicicleta para a corrida que dizem ser um ponto difícil.

Agora em junho vem o Triatlo de Oeiras, em que espero estar bem melhor na bicicleta, e uma coisa é certa, será sem lama.

Publicado em 12/02/2015