Desporto

XXXIII Triatlo Cidade de Peniche

Relato do Associado Pedro Neves

Aproveitando o feriado de dia 10 de junho, meia dúzia de atletas do Clube Millennium bcp decidiram participar na mítica prova de Triatlo em Peniche. A mais antiga de Portugal.

O dia apresentou-se com algumas nuvens e com vento forte de norte, o que viria a dificultar sobretudo o segmento de bicicleta.

O cenário da prova é muito agradável e Peniche consegue sempre chamar muita gente para apoiar, pelo que os motivos para participar estão mais que reunidos. Haja vontade!

A prova é toda feita nos limites da cidade, com a parte da natação na zona do porto de abrigo, o traçado de bicicleta a ir até ao cabo Carvoeiro e a corrida a passar pela avenida do Mar, junto aos restaurantes e com viragem na avenida dos Bombeiros.

Ao contrário do que é habitual, no que respeita à hora de começo da prova, esta não é uma corrida matinal. 15 horas, foi a referência para o início das hostilidades.

Mais uma característica diferente das outras provas: a partida do segmento de natação foi efetuada dentro de água e para isso tivemos que nadar até a uma linha imaginária delimitada por duas boias e ficar a aguardar o tiro de início.

A fase inicial até à primeira boia foi feita muito rápido. Já a segunda que passa junto à entrada da barra, para além da ondulação, o vento prejudicou bastante e dificultou a progressão. A saída também é algo "manhosa", feita por uma escada estreita e algo escorregadia (e sem tapete).

A parte da bicicleta é a mais difícil dos três segmentos. Segundo relatos de atletas com mais experiência na zona, por muito boas que as condições estejam, há sempre vento.

Este segmento consiste em três voltas (mais triangulares). Saindo de Peniche pela avenida do Hospital, uma reta a subir virada a norte que acaba na marginal que vai até ao cabo Carvoeiro. Por fim, já perto do farol vira-se direito à marginal sul em direção ao centro da cidade, num percurso tipo montanha russa, sempre no sobe e desce.

A avenida do Hospital acabou por me dar cabo das pernas. É pouco mais que um quilómetro feito contra o vento que não deu tréguas. Só com muito esforço se conseguia progredir.

Virando para a marginal direito ao farol, o vento lateral ameaçava fazer-nos cair das bicicletas, tal as rajadas que se faziam sentir. Só quando virávamos na direção da cidade é que as condições ficavam favoráveis. Mas aqui, se o vento ajudava o constante sobe e desce obrigava a trabalho adicional. Dose tripla, sempre com muitas bicicletas na estrada e muita roda furada. Talvez por as gaivotas andarem a roer muito o asfalto, este apresenta-se muito irregular.

Acabado o segmento de bicicleta, confesso que me foi difícil começar a correr e na primeira volta não consegui pôr as pernas a rolar. Só no início da segunda volta é que senti que podia aumentar o ritmo, mas para um segmento de 5 km, ter gasto metade sem conseguir andar depressa, acabou por ficar estragado. Sendo um segmento sempre plano, pensei inicialmente que podia ter chegado aqui mais leve e ter feito menos dois a três minutos.

Em resumo, foi mais uma etapa conquistada, desde o primeiro ano de existência desta prova que assisti e que prometi que um dia faria parte dos atletas a cortar a meta.

No "To-Do List", "Participar e acabar o Triatlo de Peniche".

Aceda aqui às classificações dos nossos atletas.

Publicado em 29/06/2016