Desporto

Triatlo de VRSA 2017

Relato do Associado Ricardo Mendes

Triatlo de Vila Real de Santo António - Etapa do Campeonato Nacional de Clubes - 11/03/2017 - Distância Sprint - 750 metros (Natação) + 23 km (Ciclismo) + 5 km (Corrida)

Há cerca de 2 anos, por incentivo de alguns colegas, experimentei por 2 anos seguidos o Triatlo de Oeiras na Prova Aberta e na distância de Super-Sprint [300 metros (Natação) + 8 km (Ciclismo) + 2.5 km (Corrida)]. Apesar de algum receio, foi uma experiência e sensação fabulosa. Por hábito ou porque nunca tentamos, achamos sempre que é um desporto para os outros, para aqueles que treinam muito, que se superam, etc...

Como foi uma boa experiência, fica sempre no pensamento e como objetivo, sem prazo definido, fazermos provas maiores. Entretanto, a minha filha começou a treinar numa escola de triatlo do Colégio Vasco da Gama. Obviamente que a acompanho nas provas, como adepto do desporto, mas como não chega, então experimentei fazer uma prova aberta de duatlo. Mais uma vez, apesar de ser muito mais intenso que outro tipo de provas, despertou a vontade de querer fazer mais, treinar mais e participar de forma mais intensa em várias provas, até porque ter pai e filha a puxarem um pelo outro é o melhor remédio.

Bicicleta de estrada, fato de neoprene, chip de federado e motivação, tinha todos os ingredientes para experimentar a distância sprint. Desta vez foi mais a sério, estava no meio de muitos atletas federados, muitos clubes e bem treinados. Agora era uma prova a sério, para além de estar inserido na equipa do Millennium bcp - a minha prestação já contava para a equipa. Fiz equipa com o Bruno Vaz e o Fernando Feijão, logo, a minha responsabilidade era maior.

Esteve um dia ideal para a prática desportiva, bom tempo, mar ameno e temperatura do ar algarvia. O segmento da natação correu melhor do que estava à espera. Pese embora ter feito mais distância que a inicial, cheguei bem à praia e com a sensação de que podia ter feito melhor.

Passámos para o ciclismo, 23 km praticamente planos. Parecia fácil, mas a intensidade e velocidade média dos atletas é elevada. Faltou-me pernas e muito treino de bicicleta para poder recuperar alguns lugares, mas aprendi que se conseguir andar em pelotão, somos levados uns pelos outros e torna-se mais fácil; pena não ter conseguido apanhar nenhum pelotão.

Faltava o segmento de corrida, fácil para quem fez mais de 2000 km em 2016, mas não, acabou por ser o segmento mais difícil. Falta de treino específico da transição da bicicleta para a corrida foi o fator principal que gerou dores e cãibras nas pernas. Consegui fazer o tempo total de 1 hora e 31 minutos.

Em resumo, para quem possa ler este pequeno relato vai pensar que não volto a repetir ou que a experiência foi negativa, mas não, vou repetir e com a certeza que vou melhorar o tempo de prova, porque consegui retirar a experiência para não repetir os mesmos erros, treinando mais e melhor.

A classificação obtida é completamente irrelevante, não teve direito a qualquer prémio ou medalha, mas fui recompensado com um beijo da minha mulher e um abraço apertado e emocionado da minha filha: afinal somos ambos triatletas!

Publicado em 17/03/2017