Cultura

O Amigo Crocodilo

Sozinho no sótão

Neste mundo em que vivemos (lugar comum para começar um texto, porém certo), em que ouvimos falar na guerra cujos efeitos estamos todos a sentir, é bom que o Cinema nos traga uma mensagem de esperança, nem que seja nos noventa minutos em que nos rimos e pensamos, se quisermos nós até somos capazes.

"O Amigo Crocodilo" (Lyle, Lyle, Crocodile), conta-nos a história de um crocodilo que um dia um mágico comprou numa loja de animais de estimação. Descobre-o por mero acaso, ainda pequeno, mas descobre também um talento absolutamente incrível. O bicho canta. E bem.

Ora para um mágico, é a fórmula mágica, claro está, para voltar ao mundo da fama que anda ligeiramente arredada da sua vida. Só que Lyle tem um problema. Em público ninguém lhe arranca uma nota musical. Logo, vida estragada para quem quer voltar à fama.

A propósito. O mágico vive numa mansão enorme que acaba por perder. O que fazer a Lyle? Deixá-lo sossegadinho no sótão. Acho que vemos isto todos os anos no Natal. A casa é vendida a uma família. Josh, o membro mais novo, é quem o vai descobrir. O que acontece depois?

Ficaram a saber os Associados que nos distinguiram com a sua presença, alguns de tenra idade. O ciclo da vida roda. Uns já não vêm porque "estes filmes já não são para nós", mas como se referiu, outros começam a vir.

Mas "O Amigo Crocodilo", que mistura gente e o dito em CGI (computer-generated imagery), é uma história bem contada. É, no entanto, um daqueles filmes que em português não resulta tão bem. Não que a dobragem não esteja bem feita e as letras das músicas bem adaptadas. Se quiserem aplica-se aquela frase célebre: "podia, mas não era a mesma coisa".

Mas divertiram-se todos e até bateram palmas no fim. Por noventa minutos, "a vida é bela".

Da sessão e com autorização verbal de todos, ficam algumas fotos para mais tarde recordar.

Publicado em 07/11/2022