Desporto

5.ª Corrida Portucale no Porto e Gaia

Texto da autoria do Associado Rui Felgueiras

Sei que tenho um contrato de exclusividade com o Clube Millennium bcp e com a minha entidade patronal... eu sei. Escusam de me acusar de andar nas noitadas de Uber ao fim de semana... ando mesmo. Já experimentaram ter uma filhota de 16 anos a rolar? Ela dá 10 zero ao irmão de 19 no que respeita a saídas...

Vi-me na madrugada de sábado, à espera dela, algures por Rebordosa City (festas da cidade). De janela do carro aberta, a delirar com a música eletrónica que bombava. Cheguei a casa como os miúdos às 5 e qualquer coisa da manhã e já pouco descansei. Não chega? Sim chega, mas a minha cliente quis repetir na noite seguinte e lá vai o pai novamente buscar a menina pelas 4, deixando uma amiguinha em casa e deitar. Como se má forma de tão parco descanso não bastasse, no intervalo destas duas noites, o meu bom amigo Álvaro Pinto regou-me um jantar de famílias que muito gostei, com cerveja e vinho qb - salvé compadre por seres uma minha luz.

Ora toca o gongo, domingo - quê, corrida Portuquê? Sim Portucale... ó minha Nossa Senhora, ajudai este pseudo corredor a conseguir levantar-se e correr.

A minha boleia chegou e posso-vos garantir, o Álvaro não estava melhor do que eu... o sono também estava lá bem vincado. Estacionámos num sítio lindo, com umas vistas fantásticas para a ponto D. Luís e na base superior da escada dos Guindais percorremos as escadas no sentido descendente e eu como sempre fui tirando umas fotos... esqueçam as fotos, sigam-me no Strava!

Lá no fundo, o maralhal de corredores era grande. Era pessoal a aquecer por todo o lado e eu só de os ver até já estava cansado. Temos que reagir dizia o Álvaro... e sim, arrancámos para aquecimento... hahaha... chamar aquecimento àquilo era uma demagogia bem extrema, mas quando demos por ela, o tempo de partida estava curto... toca a infiltrarmo-nos no pelotão.

Esta prova tem vindo a mudar de distância, local desde há alguns anos, e este ano saímos perto da ponto D. Luís e percorremos 10 km onde passámos para o lado de Gaia, não sem termos aquela sensação louca de sentir a ponte a dar de si para não cair, tremia e abanava com a passagem de semelhante confusão de corredores. Foi especial vermos os estrangeiros e pessoas que ficam nas laterais a puxarem por nós... corremos até perto da ponte da Arrábida ao longo do Douro, retorno, viemos à ponte novamente e virámos em direção ao Freixo... sem muito desnível, com um dia não muito quente, com aqui e ali uma ou outra pessoa a chamar pelo meu nome, ou a dizer vai lá Millennium... e lá dava eu mais um arranque a tentar manter os níveis de ritmo que as noites mal dormidas me teimavam em puxar para a lentidão.

Cedo percebi que aquele dia não era para recordes, tudo me doía, tudo me puxava para diminuir ritmos, mesmo o rio me sussurrava - Ó Rui para que vais assim tão rápido? E eu respondia - Ó Douro deixa-me voar nestas tuas margens, à minha maneira...

Terminei a prova a pensar que era quiçá o primeiro representante do Clube, e "zás", lá estava outra vez o marido da Raquel a pregar-me a partida! Boa Hélder Guedes. Top!

No final lá ficámos por ali um pouco e conseguimos reunir uns elementos do Clube para as já conhecidas fotos dos persistentes... a todos os que são corredores, caminhantes e mantêm aquela motivação para sair de casa... um grande abraço e bons voos, "ups", corridas e caminhadas.

Aceda aqui às classificações finais dos nossos atletas.

Publicado em 09/07/2019