Desporto

Clube estreia-se a vencer na Maratona de BTT "Rota do Casqueiro"

José Rato conquistou o 1.º lugar do pódio em Vila Nova de Santo André

Relato de Carlos Batista

A partida de Lisboa foi algo atribulada, não só porque o dia 5 de março amanheceu com imensa chuva, o que veio dificultar a logística na arrumação das bicicletas na carrinha, mas também devido ao facto da nossa Associada Aurora, devido a algo que tinha comido na véspera, se ter sentido indisposta.

Chegámos a Vila Nova de Santo André pelas 09h15, sendo que a partida iria ser dada às 09h30. Tivemos problemas para levantar os dorsais, cujo local não era o mesmo da partida, pelo que eu, o Carlos Morita e o Luís Carvalho acabámos por arrancar sem os mesmos, tendo a Aurora ficado na carrinha por não se sentir apta a alinhar na prova.

E como o pelotão já tinha arrancado, tivemos direito a um "carro-patrulha" que nos guiou por dentro da vila até chegarmos ao trilho onde já nos esperava o "bike-vassoura", e daí para a frente foi só seguir as indicações que estavam espalhadas pelos trilhos da prova.

Depressa conseguimos alcançar os participantes mais atrasados, e quando chegaram as primeiras subidas, eu, com o meu "tanque", e o Morita, com a sua forte pedalada, fomos ultrapassando paulatinamente os concorrentes, tendo o Luís Carvalho ficado um pouco mais para trás, com um ritmo menor que o nosso.

A grande dificuldade da prova estava situada por volta do quilómetro 17, com a subida à Ermida da Senhora do Livramento, onde estava instalada uma "meta volante de prémio de montanha", uma subida digna desse nome, onde nem todos conseguiram chegar ao topo em cima da bicicleta!

É precisamente nestes momentos em que não me arrependo de ter investido numa E-bike. Foram cerca de 12 km sempre a subir - começámos a subir desde o quilómetro 5, em que estamos a 12 metros, e chega-se ao topo da ermida ao quilómetro 17, com 297 metros, tendo a certa altura a inclinação chegado quase aos 10%!

A verdadeira diversão está aqui, conseguir fazer isto tudo sempre a pedalar e a ultrapassar os concorrentes. Cheguei ao topo, mesmo assim, com as pulsações a 167 bpm! Chegar aqui foi uma autêntica festa para todos os concorrentes. Voltei atrás e fiquei à espera do Carlos Morita, para lhe tirar uma foto, e o certo é que ele não demorou muito mais tempo a chegar em cima da bicicleta e a "galgar" terreno até ao topo com muita força e muita pedalada.

A partir dali seguimos juntos, eu quase sempre a tentar acompanhá-lo nas descidas feitas a uma velocidade vertiginosa e a conseguir recuperar e passar para a frente quando apareciam as subidas. Chegámos à meta com cerca de 3h05 e 43 km percorridos.

A classificação foi o que menos importou, o terreno, embora enlameado nalgumas zonas, foi sempre muito ciclável (para isso também contribuiu o facto de não ter chovido durante a prova), percorremos trilhos e paisagens fantásticas, a organização esteve sempre muito bem no apoio aos participantes e ficámos todos com vontade de regressar a esta prova para o ano. Já estava com saudades de provas de BTT alentejanas!

No final, o nosso grupo aproveitou para ir retemperar forças num dos restaurantes conhecidos da região, onde a grande especialidade é o pato no forno.

Parabéns ao José Rato (pai), que no seu escalão subiu ao 1.º lugar do pódio, tendo chegado no 32.º lugar, e ao José Rafael Rato, que na maratona classificou-se no 10.º posto.

Aceda aqui à classificação dos nossos atletas.

Publicado em 10/03/2023